Século VII /XII
"O segredo da cana chega ao Mediterrâneo"
O desembarque da cana-de-açúcar na Europa Oriental aconteceu no século IV a.C., como consequência das viagens de Alexandre Magno, desde a Macedónia até à Ásia.
Dos gregos, o Império Romano herda aquele a que chamam "sal indiano", muito apreciado pelas suas propriedades gastronómicas e medicinais. Mas são os Árabes juntamente com os chineses, os responsáveis pela expansão do açúcar nas regiões banhadas pelo Mar Mediterrâneo e pelo Oceano Índico. Assim, graças aos Árabes inicia-se a produção de açúcar sólido ao longo do Mediterrâneo, arte aprendida com os Persas.
No século VII, a cultura do açúcar chegava, assim, ao Chipre, a Creta, a Rodes e a todo o Norte de Africa, embora com as devidas adaptações ao solo e ao clima variável.
No século XII, as tentativas de cultivo estendem-se às regiões da Grécia, do Sul de Itália e do Sul de França, mas a produção continua a ser muito reduzida, permanecendo os orientais como os maiores fornecedores de açúcar do mundo ocidental. Por isso, o açúcar permanecia como um produto gastronómico e medicinal e de luxo, vendido nos boticários (as farmácias de então), ao alcance de muito poucos. Na verdade, durante centenas de anos, o açúcar foi considerado uma especiaria extremamente rara e valiosa. Apenas nos palácios reais e nas casas nobres era possível consumir açúcar, visto que este atingia preços altíssimos, sendo apenas acessível aos mais poderosos.
Nesta altura, eram os mercadores venezianos os principais intermediários deste comércio: em Alexandria compravam o açúcar proveniente da Índia, fazendo-o depois chegar ao resto da Europa.
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