Século VI a.C.
"O berço de uma cana muito doce"
Antes de existir o açúcar, tal como o conhecemos hoje, existiam apenas duas fontes de sabor doce no mundo: o mel e a cana-de-açúcar.
No que se refere à cana de açúcar, não se sabe ao certo de onde veio, mas crê-se que há mais de 20 mil anos, os povos das ilhas do Sul do Pacífico terão descoberto as propriedades e as características desta planta alta, que crescia espontaneamente nas suas terras. Segundo informações mais recentes, admite-se que a cana-de-açúcar foi cultivada pela primeira vez na Nova Guiné, onde a sua existência era tida como planta silvestre e ornamental. A partir desta zona a cultura estendeu-se a outras ilhas vizinhas, como as Fiji e a Nova Caledónia.
Mais tarde, a cana-de-açúcar prosseguiu a sua viagem e chegou a outras zonas, actualmente as Filipinas, a Indonésia, a Malásia e a Índia. Terão sido os indianos o primeiro povo a extrair o suco da cana e a produzir, pela primeira vez, açúcar "em bruto", por volta de 500 a.C.
Não é por acaso que o nome para "açúcar" é originário do sânscrito "çarkara", que significa "grão" e do qual vai derivar o nosso "açúcar", "sukkar" para os Árabes, "saccharum" em latim, "zucchero" em italiano, "seker" para os turcos, "zucker" para os alemães, "sugar" em inglês e "sucre" em francês, entre outros.
Foi nesta época que Darius, o imperador persa, ao chegar à Índia, observou que ali havia "canas que dão mel sem a ajuda das abelhas". A novidade foi levada para casa e mantida em segredo durante muito tempo.
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